VERSOS DE AMOR
NALDOVELHO Mergulhe fundo no coração de sua casa, diga a ele para abrir portas e janelas, cômodos precisam respirar. Expulse de lá a umidade e o mofo, tire a poeira que insiste...
View ArticleA POESIA NÃO PRECISA DE MIM
NALDOVELHO A poesia não precisa de mim, a palavra que brota assombrada, sim! E ela escorre adocicada na mistura de veneno e orvalho com o medo de morrer num naufrágio, da...
View ArticleO CADERNINHO
NALDOVELHO Ele tinha um jeito tímido, um olhar tristonho, gostava de explorar praças, dobrar esquinas, caminhar por travessas, becos, ruínas, colher pelas ruas o que a vida nos ensina....
View ArticleTARDE CHUVOSA DE JULHO
NALDOVELHO Tarde chuvosa de julho, típica de um homem cativo que tenta a todo custo se equilibrar na merda do meio fio. Tentativa de sobreviver ao tempo que atiça antigas...
View ArticleUMA CASA SOBRE A ROCHA
NALDOVELHO Tem coisas que eu não consigo entender, perguntas que ainda não sei fazer, lembranças que já não necessito guardar, é bem verdade, algumas teimam em me assombrar, mas...
View ArticleO APRENDIZADO DO PESADELO
NALDOVELHO Nem sempre é raso, nem sempre é liso; muitas vezes ao homem é preciso o exercício da aspereza, o mergulho nas profundezas, naufragar distante do cais, ferir seu...
View ArticleCONSTRUÇÃO
NALDOVELHO Na construção de uma casa, nos alicerces, juntem um bom bocado de sonhos embebidos de ilusão, o ideal é no traço quatro por um; sonhos não funcionam sem que haja um...
View ArticleQUEM SABE UM DIA EU APRENDO A ORAR?
NALDOVELHO É sempre o mesmo sonho. Os tempos são outros, mas o espírito é o mesmo e apesar do percurso, sobrevive em mim o poema. É sempre o mesmo amanhecer, se não é, parece!...
View ArticleSONHOS E FANTASIAS
NALDOVELHO Lembro bem daquela velha senhora, cabelos escorridos, agrisalhados, olhos amendoados, aprofundados, como se pudessem revelar nossas almas. E ela gostava de nos contar...
View ArticleVONTADE DE FALAR
NALDOVELHO Às vezes a vontade de falar é muita, aí eu derramo palavras, imagens, metáforas, significados, pequenas histórias, emaranhados de enredos. Às vezes a vontade de falar...
View ArticleÚLTIMO DIA DE MAIO
NALDOVELHO Hoje, logo depois do anoitecer, lua cheia pousou no meu quintal. E ficou lá por um bom tempo; segundo ela: assuntos pendentes, e também uma boa dose de saudade. Fiquei...
View ArticleUMA XÍCARA DE CHÁ INOCENTE
NALDOVELHO Preciso urgentemente de um motivo para escrever um poema, um que seja um sopro de liberdade, um pote cheio de verdades, um ombro amigo numa noite escura, um gesto...
View ArticleVIAGEM PARA DENTRO DE MIM
NALDOVELHO Eu fiz uma viagem para dentro de mim na esperança de saber qual seria o meu fim. Encontrei uma caixa apinhada de delicadezas, o antídoto para todas as minhas tristezas,...
View ArticleDESENHOS NO AR
NALDOVELHO Pegue um lápis em sua caixinha de magia e desenhe no ar uma nuvem, depositando nela muita luz. Mas que seja azulada! Agora faça-a chover dentro do seu quarto,...
View ArticleCAIXINHA DE MÚSICAS
NALDOVELHO Eu tenho uma caixinha de músicas e lá eu guardo as mais belas canções, e são tantas! Vez em quando pego uma e invento enredos, poemas, revestidos de trilhas sonoras...
View ArticleDEIXEM EM PAZ O MEU POBRE CORAÇÃO
NALDOVELHO Se eu enterrasse meu coração no fundo do quintal, não mais teria que me preocupar com a saudade, tão pouco saberia das perdas e desencantos, escrever poemas de amor, não mais...
View ArticleCOMO SE FOSSE UM LOUCO
NALDOVELHO Eu vou atravessar toda a cidade só para te ver surgir por de trás do horizonte, e vou aproveitar para colher fios dourados do teu amanhecer, e com ele tecer um manto...
View ArticleA INEVITÁVEL DOR DA SOLIDÃO
NALDOVELHO Eu percebo um ar de delicadeza nos amanheceres friorentos de julho, meu coração enroscado em cobertas, lá fora uma névoa fina e fria, aqui dentro uma preguiça danada, a...
View ArticleLEMBRO BEM
NALDOVELHO Lembro bem da cantiga de ninar... Bênção mãe, bênção pai! Dorme com Deus meu filho! E eu a sonhar com um trenzinho sem trilhos, caixinhas de fósforos amarradas com um...
View ArticleEMOLDURADO PELO SILÊNCIO
NALDOVELHO Da janela do meu quarto eu percebo um doce lamento trazido pelo vento; um único som emoldurado pelo silêncio. No outono dos meus dias a insônia ainda é um tormento...
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