NALDOVELHO
Eu escrevo um poema
que nunca se acaba,
pois por mais que eu desencrave
palavras e versos,
outros tantos latejam dentro de mim.
Eu escrevo canções
como quem cultiva sementes
que espalham pela vida
notas dissonantes,
melodias instigantes,
muitas vezes valsas,
em outras, boleros,
mas para ser sincero,
eu gosto mesmo
é de cantigas
molhadas de azul.
Eu escrevo uma história
que nunca se acaba
e nela eu acredito
que é possível ser feliz...
Qualquer dia desses
em algum lugar,
de preferência ao seu lado,
que é o que eu sempre quis.